quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A dor do silêncio

Abri meus olhos, estou em um lugar
obscuro e sombrio.
Onde ouço gritos que arrepiam a pele
e me trazem dor e frio.
Coloco minha mão sobre meus ouvidos
Sem querer escutar.
Horrorizado querendo correr começo me levantar.
Corro o mais longe loucamente
fugindo desta grande dor.
Quando vejo um sujeito correndo em minha direção e
sinto na garganta o sangue, o estranho sabor.
O homem com as mãos na cabeça
gritando sem parar se enrijeceu.
Quando parei e percebi um espelho, pois esse homem sou eu.
Dei me conta que nada mais soava
nem mesmo o simples vento.
E minha dor não partia dos gritos
e sim do silêncio em meu pensamento.



Luciano Neves

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